18.4.05


Canon A75, 1/800s, f/2.8, 50mm

   "Há sempre algo de loucura no amor, mas também há sempre algo de razão na loucura.

   E eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão e tudo o que entre os homens se lhes assemelhe.

   Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que arranca de Zaratustrua lágrimas e canções.

   Eu só poderia acreditar num Deus que soubesse dançar.

   E quando vi meu demônio, pareceu-me sério, grave, profundo solene. Era o espírito da gravidade. Ele é que faz cair todas as coisas.

   Não é com ira, mas com riso que se mata. Coragem! Vamos matar o espírito da gravidade!

   Eu aprendi a andar. Desde então por mim mesmo a correr. Eu aprendi a voar. Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.

   Agora sou leve, agora vôo, agora vejo por baixo de mim mesmo, agora um Deus dança em mim.

   Assim falava Zaratustra.

Friedrich Wilhelm Nietzsche ( 1844-1900 )
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